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Por iniciativa de Chico Vigilante, CLDF busca solução para superendividamento de servidores junto ao BRB

Foi produtiva, reflexiva e marcada por depoimentos emocionados de servidores da ativa e de aposentados a comissão geral (quando todos os trabalhos param para que seja discutido um único tema de relevância da sociedade) realizada nesta quinta-feira (4) pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Organizado por iniciativa do deputado distrital Chico Vigilante (PT), o evento discutiu a situação dos superendividados com o Banco de Brasília (BRB) e alternativas que podem vir a ser adotadas para amenizar a situação dessas pessoas, de forma que elas não fiquem com quase todo o valor dos seus salários retido no banco, para pagamento de empréstimos.  Há muitas situações, inclusive, de pessoas que hoje não recebem qualquer valor a título de salário, dado o grau de endividamento, conforme vários admitiram nos depoimentos.

Dentre as soluções apresentadas, Vigilante sugeriu que o Governo do Distrito Federal (GDF) proponha um Refis – programa de refinanciamento de dívidas – nos moldes oferecidos a empresários. O deputado, porém, destacou que o Refis é uma proposta mais a longo prazo e apelou ao governo e a representantes do banco para que, no momento, sejam dadas respostas rápidas para as pessoas endividadas que não ficam com um centavo dos seus salários. “Sou um defensor do BRB e acho importante defendermos o banco para garantir ações que levem ao desenvolvimento do Distrito Federal e à previdência dos servidores públicos do DF, por exemplo. Mas esse problema precisa ser resolvido, porque é uma questão de humanidade”, frisou o parlamentar.

A presidente da Caixa de Assistência e Benefícios ao Servidor do GDF, Elied Barbosa, recomendou ao BRB que instrua os gerentes das contas individuais a identificar as situações de superendividamento antes que ocorram. Por sua vez, o deputado Agaciel Maia (PL), que apoiou a ideia do Refis, acrescentou que considera necessário rever a legislação que estabeleceu um percentual maior de desconto relativo à previdência dos servidores, inclusive dos aposentados, diminuindo ainda mais a renda mensal, entre outros motivos.

O diretor do Sindicato dos Bancários, André Nepomuceno, outro a falar, destacou a necessidade de recomposição dos salários dos servidores públicos do Distrito Federal, e a professora Rosilene Correa, lembrou legislação federal que determina o percentual de 25% do salário como “mínimo existencial”. Representando o BRB, o diretor de Varejo, Dario Oswaldo Garcia Júnior, comprometeu-se a reiniciar, na próxima semana, o atendimento presencial dos endividados na agência da 509 Sul, mediante agendamento. Também afirmou que o banco irá entrar em contato com os servidores, começando pelos “casos mais complicados”.

O evento contou com vários depoimentos emocionados como o de um servidor que disse que antes, considerava o banco “pai e mãe de todos nós” e que hoje só tem preocupações por causa dos valores altos a pagar. Outra servidora, que também se manifestou, contou que o marido está desempregado há um bom tempo e o casal está tendo de recorrer a agiotas para conseguir ter alguma renda em casa, porque praticamente seu salário inteiro é retido pelo BRB em função dos empréstimos que ela já teve de fazer. Para preservar a privacidade dos dois protagonistas, evitamos postar os seus nomes nesta reportagem.

Ao falar sobre o quadro, e defender a adoção de providências imediatas para resolver a situação desses servidores, Chico Vigilante deixou claro que quer o fortalecimento do BRB, mas com condições adequadas que permitam a essas pessoas quitarem suas dívidas em valores mensais que tenham condições de pagar sem que isso comprometa todo o seu orçamento.

 

*Com informações da Agência CLDF

 

 

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