Assim como aconteceu em 1964, neste 11 de maio de 2016, a democracia brasileira está, mais uma vez, ameaçada. O Senado Federal votará, hoje (11), o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), sem que ela tenha cometido nenhum crime.
Para tentar barrar o golpe, trabalhadores, estudantes, artistas e intelectuais sairão as ruas, a partir das 17 horas, para pressionar senadores a votarem contra a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma. O protesto será realizado em frente ao Congresso Nacional e está sendo organizado pela Central Única dos Trabalhadores e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem dezenas de entidades do movimento sindical e social.
O deputado distrital Chico Vigilante (PT) avalia como delicado, o momento que o país está passando. Para ele, é chegada a hora da classe trabalhadora ir às ruas lutar contra o retrocesso de direitos, caso de um eventual governo de Michel Temer.
“Os trabalhadores terão perdas significativas. A direita não aceitou os resultados nas urnas, e levaram até as últimas consequências para chegar à presidência da república”, lembrou Vigilante.
“Agora, todos nós, classe trabalhadora, temos que ir às ruas para dizer não ao golpe. A vontade da elite brasileira não pode sobrepor à de 54 milhões de brasileiros”, completou o parlamentar.
Reforçando o pedido de Vigilante, o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, também conclama todos trabalhadores a participarem da manifestação de hoje. “Não podemos permitir que a elite econômica e social tome de assalto o poder, passando por cima do voto de 54,4 milhões de pessoas”, pede Brito.
Por Veronica Soares