Ao anunciar, para prazo de 30 a 60 dias, a prisão do ex-presidente Lula, o delegado Igor Romário, coordenador da Operação Lava Jato, elevou a Polícia Federal para um nível de indigência moral nunca visto, até então. Apenas na ditadura militar, época em que a PF era uma milícia dos generais, agentes do Estado não temiam expor sua identidade de besta fera, mas havia um detalhe: o Brasil não tinha Constituição, não tinha leis, não tinha princípios de civilidade reconhecidos como tais.
Lula, todos sabem, é o alvo da Lava Jato. Sem a prisão do ex-presidente, o projeto em curso de venda do patrimônio público e desmoralização do Brasil, internacionalmente, não poderá ser concluído a contento. Então, para prendê-lo, permite-se até essa infâmia, a crueldade inominável de torturar psicologicamente um homem que está com a esposa em coma no hospital.
É possível que apenas na Gestapo nazista uma coisa dessas pudesse vingar sem uma rápida intervenção das autoridades.
Igor Romário apoiou Aécio Neves, do PSDB, nas eleições de 2014. É um representante emblemático dessa geração de fascistoides que tomou conta dos quadros da PF e do Ministério Público Federal. Uma gente que deveria fiscalizar e garantir a lei, como servidores públicos decentes.
Mas no Brasil dos golpistas, a decência saiu de moda.
Chico Vigilante, deputado distrital do PT-DF