Logo na abertura da primeira Semana de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, na CLDF, me emocionei com a apresentação da dupla Zé Mulato e Cassiano e a interpretação de um poema sobre “Idosos e Velhos”. Lembrei da minha mãe, no interior do Maranhão, que me falava o quanto a vida da pessoa idosa é solitária.
Pois bem, essa Semana dedicada a Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa quer mudar essa realidade e mostrar que idoso não é velho, tem uma vida inteira pela frente, muito o que ensinar e quer viver bem e com qualidade de vida. No que depender do envolvimento das instituições presentes na abertura da Semana, essa transformação na vida do idoso do DF já é realidade. Todos os representantes contaram um pouco dos projetos e ações destinadas à pessoa idosa do DF.
O Secretário Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Alexandre da Silva, contou que, muito em breve, o governo federal deverá estar lançando o Plano Nacional do Direito da Pessoa Idosa, no qual inciativas de vários órgãos federais estarão concentradas para facilitar a adesão pela pessoa idosa.
Marcou presença, também, o Presidente da Fecomércio, José Aparecido, que destacou o brilhante trabalho das unidades do Sesc e Senac com os, nas palavras dele, grupos dos mais vividos. São mais de 1700 inscritos nas atividades oferecidos para esse público. Belíssimo trabalho, o qual parabenizo o Diretor Regional do Sesc DF, Valcides de Araújo Silva, e Diretor Regional do Senac-DF, Vitor Corrêa.
O Defensor Público, Celestino Chupel, enfatizou a luta pelos direitos da pessoa idosa e o trabalho de reinserir o idoso na comunidade com autonomia. De acordo com Celestino, 56% da violência psicológica e financeira contra os idosos acontece dentro de casa. “Pessoas idosas existem e não podem ser descartadas ou usadas como moeda de troca. É preciso envelhecer com saúde e qualidade de vida”, alertou.
Já a Secretária de Justiça do DF, Marcela Passamani, destacou o projeto Viver 60+ que já acontece em 10 cidades. “Estamos em uma cidade que esta envelhecendo, por isso é importante pensar diferente e desenvolver politicas que atendam a todos. A pandemia evidenciou a solidão. O interesse pela vida é nosso. Por isso, criação de atividades e programas que a gente se sinta bem. A gente nasce e morre sozinho, mas temos os direitos de viver nossa vida com plenitude e qualidade”, complementou.
A deputada federal , Erika Kokay, e o presidente da Câmara Legislativa do DF, Wellington Luiz, destacaram a importância da Semana de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa. De acordo com Kokay, é necessário valorizar as pessoas que tem muita experiência, pois ainda há muita solidão. “A solidão precisa ser rompida. Viver 60 mais com muita intensidade.”, declarou. Já o presidente da CLDF afirmou ter como referência de vida a mãe, idosa de 97 anos. “Motivo de orgulho onde ela e outros conseguem chegar. Só é idoso quem está vivo. Por isso, esse evento na Casa do Povo é tão brilhante”, definiu.
Essa foi apenas a abertura! A semana continua com diversas atividades e ações para a pessoa idosa. Confira a programação e venha participar do evento.