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“Não aceitaremos mudanças no nosso acordo coletivo”, afirma deputado em assembleia dos vigilantes

Vigilantes do Distrito Federal decidiram esta noite (15), durante assembleia, manter estado de mobilização enquanto aguardam a próxima reunião para negociação com o sindicato patronal no próximo dia 22 com representantes do Ministério Público do Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região. Eles decidiram que não vão aceitar nenhuma mudança nos termos do acordo coletivo que deveria ter sido assinado em janeiro passado e que possui itens que o patronato está querendo retirar.  Caso não cheguem a um acordo, eles decretarão estado de greve.

Segundo o deputado distrital Chico Vigilante (PT), que tem participado ativamente de todas as discussões sobre a data base da categoria o diretor do sindicato patronal, Luiz Gustavo,  está tentando mudar o plano de saúde dos vigilantes por um plano que possui um único hospital no DF. Além disso que que metade do valor do auxílio alimentação destes trabalhadores seja feita por meio de cestas básicas. “Não aceitaremos nem que mexam no plano de saúde nem que acabem com o tíquete refeição no acordo coletivo da categoria”, enfatizou o distrital.

Vigilante contou que ele e os demais representantes do sindicato dos vigilantes do DF tiveram audiência no TRT 10 em que o presidente daquela Corte, Alexandre Nery, foi claro em defesa dos vigilantes. “O presidente deu uma verdadeira lição de moral no sindicato patronal e ficou acertado que o dr. Adélio Justino iria fazer o relatório sobre nosso caso no Ministério Público do Trabalho (MPT). Também no MPT os procuradores avaliaram que os vigilantes estão certos e que está claro que quem está dificultando a assinatura do dissídio é o sindicato patronal. Então vamos esperar essa próxima reunião, aguardar o que for decidido e voltaremos aqui para definir com todos vocês”, enfatizou o deputado.

Também a deputada federal Erika Kokay (PT) lembrou da luta história dos vigilantes e deixou seu apoio à categoria. “Temos de ter paciência para fazer acordos e negociar, mas também não podemos aceitar que os patrões nos tirem direitos tão amplamente conquistados e com tanto esforço da categoria. Sei que ninguém faz uma guarda patrimonial  e de proteção da própria vida como os vigilantes. Sem os vigilantes, muitos trabalhadores não conseguiriam realizar suas atividades e é por isso que estou aqui, em defesa da causa de vocês”, afirmou.

A deputada, ao lado do deputado Chico Vigilante, terá uma reunião com a ministra da Gestão, Ester Dueck, para discutir sobre a medida que está sendo estudada de corte de contratos com empresas terceirizadas, de forma que esses cortes não representem demissões para os trabalhadores. Chico Vigilante também já participou anteriormente de reuniões com o ministro da Previdência, Carlos Lupi, com quem tratou sobre a aposentadoria especial para os vigilantes, e com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, numa reunião que teve como tema  o estatuto da segurança privada.

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