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Vigilantes rejeitam proposta patronal e estabelecem ‘Assembleia Permanente’

Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira, os vigilantes rejeitaram por unanimidade a proposta salarial do sindicato das empresas. A categoria também decidiu se manter mobilizada em Assembleia Permanente para novas negociações. As empresas queriam implementar a modalidade de vigilante horista e tornar inacessível o plano de saúde.

O deputado distrital Chico Vigilante (PT), que também é diretor do Sindicato dos Vigilantes, rechaçou com veemência a proposta do sindicato patronal. O parlamentar defende que os patrões, que tenham responsabilidade, reflitam e apresentem uma proposição decente para a categoria.

“Essa proposta é uma molecagem. No meio da proposta tinha camuflada a implantação do vigilante horista e acabar com o plano de saúde dos vigilantes. Isso a gente não aceita”, rechaça.

Análise das propostas
Os patrões queriam implantar a figura do vigilante horista, que recebe uma quantia determinada para cada hora trabalhada. De acordo com Chico Vigilante, no Paraná, estado que adotou a modalidade, há três pisos salariais diferentes.

“Esses vigilantes horistas recebem 600 reais por mês, com férias de 14 dias anuais, sem direito a décimo-terceiro salário e nem hora extra. É um retrocesso completo”, explica.

Em relação ao plano de saúde, seria alterada a cláusula do plano de saúde estabelecendo a aceitação conjunta da empresa contratada e do órgão contratante como forma de adesão ao plano de saúde pelo vigilante. No entendimento do sindicato, essa proposta tornaria quase impraticável o acesso ao benefício.

Estabelecer a Assembleia Permanente foi o encaminhamento proposto pelo deputado Chico Vigilante e pelo presidente do Sindicato dos Vigilantes, Jervalino Bispo, de modo à categoria permanecer mobilizada e em negociação e, assim, evitar a greve de imediato. A pauta foi aprovada por unanimidade pelos vigilantes presentes ao ato.