Terminou sem acordo a assembleia dos vigilantes, realizada na tarde da quinta-feira (30), para decidir a data base da categoria. Ainda não há entendimento entre o Sindicato dos Vigilantes e o patronal sobre à implantação da modalidade de horista, reivindicada pelas empresas de segurança, mas repudiada pelos trabalhadores.
O processo de negociação está sendo intermediado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Como não houve consenso entre as partes, o procurador do Trabalho responsável pela negociação pediu aos representantes do Sindicato dos Vigilantes mais uma semana de prazo, antes de a greve ser deflagrada. A intensão é que o sindicato patronal recue da proposta.
Para o deputado Chico Vigilante (PT), os empresários insistem na ideia do trabalhador horista pensando apenas no lucro. “Os órgãos não contratam vigilante por hora, mas sim por posto de trabalho. A figura do horista vai gerar mais desemprego para a categoria, uma vez que ele reduz um terço dos postos de trabalho”, informa Chico Vigilante.
O presidente do Sindesv-DF, Paulo Quadros, destacou que a categoria não vai recuar com relação à implantação do vigilante horista. “O reajuste de 6,58% está de acordo com o que outras categorias tiveram, mas não vamos permitir que os patrões implantem a figura do horista aqui no DF. Em todos os estados que tem esta modalidade de trabalhador, houve desemprego”, diz Quadros.