Empresários do ramo de material de construção cobram medidas eficazes do GDF para evitar o fechamento de mais lojas em Brasília. De acordo com dados do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (SindMAC), o setor foi responsável por 19,5 % da arrecadação tributária do DF, mas, por causa da falta de normas para as empresas que vendem no atacado, essa arrecadação não passa, atualmente, de 3%.
Na manhã desta terça-feira (28), os empresários cobraram pessoalmente do secretário de Fazenda do DF, João Antônio Fleury Teixeira, uma medida que venha estabelecer normas para as lojas do setor atacadista, de forma a evitar que estas atuem no comércio varejista. A reunião foi intermediada pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT), que tem acompanhado a situação de desespero dos empresários.
“É necessário que o governo esteja atento para o problema que o setor enfrenta. Eles geram quase 30 mil empregos, e muitos estão fechando as portas, pois a concorrência é desleal”, disse Vigilante.
Segundo o presidente do SindMAC, Carlos Aguiar, as empresas que vendem no atacado são tributadas diferentemente pelo governo. Com isso, eles não poderiam atuar no comércio varejista, como vem fazendo – principal razão do fechamento do comércio varejista do setor.
Para Aguiar, o principal problema é a desigualdade tributária no mesmo seguimento. “Temos loja do o mesmo ramo que pagam mais impostos do que outras. No entanto, todos vendem para o mesmo público”, esclareceu o empresário.
O grupo pede para que a secretaria publique uma portaria que termine normas para atuação das empresas atacadistas e estabeleça penalidade, no caso de descumprimento das normas. “Somos quase cinco mil lojas de materiais de construção, e geramos emprego e renda para todo o DF. Precisamos de tratamento justo por parte do gorverno”, concluiu Aguiar.
O secretário Fleury Teixeira garantiu ao grupo que irá publicar, até a primeira quinzena de abril, uma portaria com normas claras para o setor atacadista. O documento, segundo ele, foi elaborado pelos dois seguimentos – atacado e varejista -, e está em fase final de adequação.