A audiência de conciliação do dissídio coletivo da campanha salarial de 2017 dos vigilantes , realizada na tarde desta quarta-feira (31), no Tribunal Regional do Trabalho da 10º Região, termina sem acordo.
Uma nova audiência entre o Sindicato dos Vigilantes e o Sindicato dos patrões foi remarcada para o dia 19 de junho porque, de última hora, o sindicato das empresas de vigilância privada quis inserir novas questões na pauta de negociação.
Assim que a sessão foi iniciada, os advogados dos patrões quiseram discutir outras 15 cláusulas da convenção coletiva, e não apenas a implantação do vigilante horista e o pagamento dos dois dias que os vigilantes fizeram greve.
O Sindicado dos Vigilantes não aceitará a implantação do vigilante horista no DF. Além disso, o patrões também não querem pagar pelos dois dias de greve. A convenção coletiva da categoria é composta por mais de 50 cláusulas.
Por sua vez, os representantes do Sindicato dos Vigilantes (Sindesv) sustentaram que debateriam apenas duas cláusulas que já haviam sido acordadas anteriormente. A posição do Sindesv foi respaldada pelo procurador do Ministério Público do Trabalho, Valdir Pereira da Silva, que acompanha a discussão desde o início.
Para dar mais embasamento na defesa, os representantes do Sindesv pediram para anexar no processo as notas taquigráficas e os áudios das sessões anteriores.
Para o deputado distrital Chico Vigilante, a manobra dos patrões é mais uma forma de postergar os direitos dos vigilantes.
“Até agora, os vigilantes não perderam nada. Saímos daqui animados, porque o próprio presidente do Tribunal e o doutor Valdir reconhecerem que só tinham duas cláusulas a ser debatidas, e não outras como eles queriam”, enfatizou o parlamentar.
Para tentar encontrar mais uma solução para o problema, o presidente do TRT da 10º região, desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran, agendou mais uma reunião de conciliação entre os dois sindicatos para o próximo dia 9 de junho.
Com isso, a nova audiência no TRT ficou marcada para o próximo dia 19 de junho, a partir das 13h30. Caso não haja entendimento, o TRT vai marcar imediatamente a data do julgamento.
Chico Vigilante – Deputado distrital PT-DF