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Se não for justo, vai ter greve!

Se não for justo, vai ter greve!

Com apoio de Chico Vigilante, vigilantes rejeitam proposta patronal em assembleia

Nesta quarta-feira, 30 de abril, os vigilantes do Distrito Federal demonstraram mais uma vez a força e a união da categoria ao realizar assembleia na Rampa dos Vigilantes, em Brasília. O encontro contou com o apoio firme do deputado distrital Chico Vigilante, histórico defensor da categoria, e foi marcado por resistência e pela rejeição unânime da proposta patronal de retirada da intrajornada, considerada um ataque direto aos direitos conquistados com muita luta ao longo dos anos.

Durante o ato, Chico Vigilante parabenizou os trabalhadores pela mobilização e reafirmou que, se não houver avanço nas negociações e respeito aos vigilantes, a greve será o único caminho legítimo a ser seguido. “Estaremos juntos, até a vitória. O que não for justo, não será aceito”, afirmou o parlamentar.

A proposta em debate foi construída durante audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre o sindicato patronal e o Sindicato dos Vigilantes do DF. Apesar de prever um reajuste salarial de 5,5% e um aumento de 4,77% nas cláusulas econômicas, a tentativa de redução da intrajornada representaria perdas salariais inaceitáveis para os trabalhadores. No caso dos turnos diurnos, a redução levaria a uma perda mensal de R$ 241,40, acumulando quase R$ 2.900 por ano. Já os vigilantes noturnos perderiam R$ 267,80 por mês, o que totalizaria mais de R$ 3.200 por ano. A resposta da categoria foi imediata e firme: a proposta foi rejeitada por unanimidade.

Durante a assembleia, o presidente do Sindicato dos Vigilantes, Paulo Quadros, destacou que aceitar essa proposta seria deixar a categoria ainda mais fragilizada diante de tantas perdas acumuladas nos últimos anos. Ele conduziu a votação com participação dos trabalhadores e ressaltou que a direção do sindicato está comprometida em defender o que é justo e digno para os mais de 25 mil vigilantes do DF. Segundo ele, a luta agora é para evitar que o negociado se sobreponha ao legislado de forma prejudicial, algo que só poderá ser barrado com união e resistência.

A assembleia contou com a presença da deputada federal Érika Kokay, que reforçou seu compromisso histórico com os trabalhadores da segurança privada. Em sua fala, Érika destacou que a categoria, que já sofre com os efeitos das Reformas Trabalhista e da Previdência, precisa ser reconhecida com justiça e dignidade.

A assembleia foi registrada em fotos, vídeos e com ata de votação, e todas as deliberações serão encaminhadas formalmente ao TRT. A categoria segue mobilizada, aguardando a posição do tribunal, mas deixou claro que não aceitará retrocessos.

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