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Santander ignora audiência para esclarecimentos na CLDF e será cobrado por órgãos federais

 Sindicatos e lideranças cobram providências diante do fechamento de agências, demissões em massa, terceirizações sem garantias e riscos à segurança do dinheiro dos clientes. Banco não enviou representantes à audiência pública

O Santander não compareceu à audiência pública realizada nesta segunda-feira, 19 de maio, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, convocada para discutir os impactos do modelo de negócios do banco, que tem gerado prejuízos diretos a trabalhadores e clientes em todo o país. A audiência foi promovida pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT/DF), em parceria com diversas entidades sindicais.

Audiência Pública Fechamento de Agencias do Banco Santander

O convite formal foi enviado ao superintendente de Relações Sindicais do Santander, Marcelo Couto, que se ausentou. A ausência foi interpretada como sinal claro do desprezo da instituição diante das denúncias de práticas abusivas.

Em resposta por ofício, o Santander confirmou o recebimento do convite, mas alegou que os impactos do fechamento das agências são tratados em instâncias como o Banco Central e a FEBRABAN. A justificativa, no entanto, foi considerada insuficiente diante da gravidade das denúncias e da ausência de um diálogo direto com os representantes dos trabalhadores e da sociedade civil organizada.

O banco tem fechado agências, precarizado vínculos e transferido suas operações para empresas coligadas e terceirizadas, sem oferecer segurança jurídica nem institucional. Nos últimos cinco anos, mais de 16 agências foram encerradas no DF. Ao mesmo tempo, trabalhadores são forçados a manter contas no próprio banco, pagando tarifas para movimentar salários rebaixados.

“É uma fraude dupla: contra quem trabalha e contra quem confia seu dinheiro. Um verdadeiro escândalo social, bancário e ético”, afirmou Chico Vigilante.

Ao final da audiência, foi anunciada a mobilização para provocar novas audiências com o presidente do Banco Central, o secretário da Receita Federal e a Secretaria Nacional do Consumidor. Também será proposta a ampliação do debate para municípios onde o Santander ainda atua.

Estiveram presentes e compuseram a mesa de debates: Eduardo Araújo, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília; Elizabeth Espindola Araújo, diretora da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN); Paulo Quadros, presidente do Sindicato dos Vigilantes do DF; Maria Isabel Caetano, presidenta do Sindiserviços DF; Rodrigo Rodrigues, presidente da CUT/DF; Aline Molina Gomes Amorim, presidenta da Fetec-CUT/SP e integrante do Comando Nacional dos Bancários; e Rodrigo Brito, presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte – FETEC-CUT/CN.

“O Santander pode tentar se esconder, mas nós não vamos parar. O DF dá o primeiro passo de uma mobilização que precisa ganhar o país inteiro”, concluiu Chico Vigilante.

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