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RECIBO

O melancólico lamento, em forma de nota oficial, suspirado pela Executiva Regional do PPS, contra minha posição pública em relação ao senador Cristovam Buarque, apenas reforça minhas impressões sobre ambos – o parlamentar, a sigla e a triste sina de arrivismo que os une.

Reclama, o PPS, da minha relação com o governador Rodrigo Rollemberg, do PSB, a quem faço oposição dentro de parâmetros civilizados, obediente a um modelo de ética que não inaugurei, mas que é a essência da verdadeira democracia: o de colocar os interesses da sociedade, das cidades e das questões humanas acima, muito acima, das mesquinharias políticas.

Ao cobrar coerência do senador Cristovam Buarque, não pretendia iniciar uma discussão com o PPS, há muito uma confraria de ex-esquerdistas convertidos a linha auxiliar da direita, mas deixar claro o tipo de político no qual se transformou o ex-governador do Distrito Federal, hoje uma sombra patética da importante liderança acadêmica e política que foi, no passado.

A nota do PPS não é uma defesa de Cristovam Buarque. O senador é mais uma de suas aquisições dentro desse espectro lodoso da política nacional. O PPS rangeu os dentes contra mim porque, ao expor a vileza de Cristovam, trouxe à luz do sol a pequenez das escolhas do partido ao qual ele se filiou.

Ex-reitor da UnB, atual reitor da lista da Odebrecht, Cristovam Buarque é uma vergonha para a política do DF e um constrangimento permanente para os eleitores que nele votaram, no passado. O fato de ele ter, em nova empreitada, traído Rollemberg, não causa espanto em ninguém.

Porque é isso que estará inscrito na lápide do pretenso defensor da educação que votou pelo congelamento, por 20 anos, dos investimentos para o setor:

Aqui jaz um traidor.

Chico Vigilante, deputado distrital do PT-DF