A reforma da previdência vai penalizar os trabalhadores em geral, em especial as mulheres, que terão a idade para aposentadoria igualada à dos homens. O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) calcula que a categoria será uma das mais prejudicadas, uma vez que a carreira do magistério é predominantemente feminina. Além disso, a medida pretende acabar com a aposentadoria especial dos professores.
Para discutir com deputados distritais, federais e senadores do DF sobre o tema, o Sinpro promoveu, na manhã de segunda-feira (03), um encontro sobre a PEC 287/2016, em trâmite no Congresso Nacional.
“Essa reforma tem que ser barrada. Ela vai atingir duplamente os educadores, porque vai equiparar o tempo de trabalho entre mulheres e homens, e quer acabar com a aposentadoria especial”, explica Vilmara Carmo, diretora do Sinpro.
Além de fazer a discussão sobre a reforma, os distritais se comprometam em cobrar do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) o cumprimento de algumas leis que atingem diretamente os professores. Entre elas, as que garantem o pagamento da tabela salarial e o reajuste anual do auxílio-alimentação, além da lei 5.499/2015, referente ao Plano Distrital de Educação. Uma das metas do plano garantir aos professores o recebimento de, no mínimo, a média das categorias de nível superior do DF.
Para o deputado distrital Chico Vigilante (PT), além da reforma da Previdência, os trabalhadores também devem ficar atentos à reforma trabalhista. “Não adianta propor emendas a essa reforma, a única saída é a derrubar por completo essa proposta, pois dela não se aproveita nada”, afirma.
O distrital também alertou que não adianta, agora, políticos se comprometerem com os movimentos dos trabalhadores e se colocarem contra a reforma, enquanto os partidos dos quais fazem parte apoiarem a política do governo federal. “Todos nós sabemos que os pais dessa reforma são PMDB, PPS, DEM e PMSB. O único compromisso que eles têm é com a elite econômica brasileira e com o especulativo estrangeiro”, acusa Chico Vigilante.