Marisa Letícia Lula da Silva era uma mulher de fibra, uma companheira generosa e presente, dessas que todos precisam ter ao lado durante a luta. E da luta, ela nunca fugiu.
Ao lado do marido, Lula, Marisa viu nascer e crescer o Partido dos Trabalhadores, partido que ela ajudou a fundar e que deu ao Brasil seu melhor momento de solidariedade, prosperidade e desenvolvimento social.
Dela, guardo duas lembranças carinhosas. A primeira, nos dias da Caravana da Cidadania, o amor e a dedicação que ela dedicava a Lula e o carinho com que tratava a todos nós. A outra, de ouvi-la, quando ainda construíamos o PT, falar da necessidade de dar máxima atenção aos filhos. Marisa temia, com razão, que eles vissem na política um fator de afastamento dos pais – e passassem a odiá-la, a política, por isso.
Em cada ato de Marisa, fosse erguendo bandeiras em comícios, fosse representando o Brasil como a primeira-dama discreta e elegante que foi, esteve presente a marca da guerreira, dona dos abraços carinhosos e das palavras sábias que foram fundamentais para Lula persistir na luta.
Essa luta que ainda não acabou.
Porque, a partir de agora, essa luta de tantos nomes vai ser também o legado de Marisa Letícia para o Brasil.
E sempre teremos que nos perguntar, nos momentos mais duros, nas horas das mais profundas reflexões, se, apesar das dificuldades, estaremos tendo o cuidado de honrar o nome e a memória dela.
Que Deus ilumine e dê mais forças ainda para o companheiro Lula, e que receba em seus braços essa brasileira que fez de sua passagem pela vida um ato de amor e coragem.
Chico Vigilante, deputado distrital do PT-DF