Nos últimos meses, o preço do ovo disparou no Brasil. O aumento chega a 69% no ovo branco e 61% no vermelho, deixando um dos alimentos mais básicos da mesa dos trabalhadores a preços absurdos. Em alguns lugares, uma cartela de 20 ovos chega a R$ 40,00 – um verdadeiro assalto.
Os grandes produtores e atravessadores alegam que o aumento se deve ao calor, à alta no preço do milho e até mesmo à gripe aviária nos Estados Unidos. Mas quem acompanha o mercado sabe que há forte indício de especulação. Quando a produção aumenta e os preços caem, esses mesmos setores preferem destruir toneladas de alimentos a vender mais barato. Agora, quando a produção cai, sobem os preços sem dó do consumidor.
Esse esquema criminoso atinge diretamente os mais pobres, reduzindo seu acesso à proteína e pressionando o custo de vida. E o pior: os gigantes do agronegócio recebem financiamento público do Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES e outros bancos estatais. Ou seja, dinheiro público abastece um setor que explora o povo brasileiro.
Isso precisa acabar! Estamos acionando a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacom) e órgãos de fiscalização para investigar esse abuso. O Brasil precisa de regras claras contra a especulação alimentar e mecanismos que protejam a população contra esse tipo de cartel.
O mercado precisa funcionar com equilíbrio. Não podemos aceitar que os grandes produtores e atravessadores continuem explorando nosso povo. Se há abuso, a lei precisa ser aplicada e os responsáveis punidos.
Vou continuar vigilante contra essa exploração e lutar para garantir que os alimentos cheguem à mesa dos brasileiros a preços justos.
Chico Vigilante
Deputado Distrital
