Presidente propõe Aliança Global como legado de sua presidência no G20 e defende taxação de super-ricos para financiar ações climáticas e sociais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu a cúpula do G20 no Rio de Janeiro com um discurso enfático em defesa do combate à fome e à pobreza, destacando a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza como o maior legado de sua presidência no G20. A proposta, que reúne 82 países, 26 organizações internacionais, nove instituições financeiras e 31 fundações filantrópicas, busca unir esforços de governos, doadores e ONGs para implementar programas voltados à redução das desigualdades globais.
Lula criticou a situação global 16 anos após a primeira reunião do G20, destacando que a fome é fruto de decisões políticas, não da falta de recursos. Ele propôs uma taxação de 2% sobre a renda dos super-ricos, que poderia arrecadar cerca de 250 bilhões de dólares anuais para enfrentar as mudanças climáticas e a desigualdade. Apesar do consenso entre os membros, a Argentina expressou oposição na declaração final, registrada em nota de rodapé.
O presidente também destacou o contraste entre os 2,4 trilhões de dólares gastos anualmente em armamentos e a persistência de problemas como a fome e a pobreza. Lula lembrou que as políticas financeiras globais precisam ser revisadas para apoiar de forma mais efetiva os países em desenvolvimento e reforçou a necessidade de reformar instituições internacionais para garantir maior representatividade e estabilidade global.
“Estamos diante de um momento histórico para colocar as pessoas no centro das decisões globais”, afirmou Lula, reafirmando o compromisso brasileiro em liderar ações que promovam justiça social, sustentabilidade e cooperação internacional.
Para o deputado Chico Vigilante, essas iniciativas colocam o Brasil em posição de destaque no cenário global, reafirmando o protagonismo do país sob a liderança de Lula.
