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Em ritmo de festa, CLDF homenageia Dia Nacional do Forró

Ao som do triângulo, da zabumba e da sanfona, a Câmara Legislativa homenageou, na noite da sexta-feira (12), o Dia Nacional do Forró. A justa homenagem foi proposta pelo deputado Chico Vigilante, que presidiu o evento ocorrido no Plenário da Câmara Legislativa e que contou com a participação de sanfoneiros, grupos de quadrilha, poetas e diversos forrozeiros da cidade e do nordeste brasileiro.
O Dia Nacional do Forró foi instituído pelo ex-presidente Lula, em 2005, e é uma homenagem ao rei do baião, Luiz Gonzaga, comemorado do dia do aniversário dele, todo 13 de dezembro. Duas sobrinhas do próprio Luiz Gonzaga também participaram da sessão solene.
Durante todo o evento, os músicos tocaram e cantaram canções de Luiz Gonzaga. Entre elas, a saudosa Asa Branca, que se tornou o símbolo do nordeste, Paraíba Masculina e Xote das Meninas. As apresentações empolgaram os participantes do evento.

Chico Vigilante destacou a importância do forró para o Brasil e, em especial, para o povo nordestino. Para Chico, foi somente pelas mãos (voz) do cantor Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, a cantora Marines e tantos outros grandes representantes da música brasileira que fizeram “com que essa cultura fosse além do nordeste e chegasse até outros países. Infelizmente, por muitos anos a cultura do meu povo foi desprezada, pois o restante do país se esquecia do povo nordestino. O forró está na nossa alma, especialmente daquela região”.
Saudoso, Chico se lembrou das festas que participava quando ele ainda morava no interior do Maranhão. Na época, as festas eram embaladas, exclusivamente, ao som dos famosos trios forrozeiros. Para ele, é necessário que se crie centros para valorizar a cultura nordestina, assim como é feito com os centros de tradições gaúchas, que tem representações por todos os cantos de Brasil. “É necessário valorizar essa cultura, pois muitos cantores trabalham de sol a sol e durante a semana tem outras profissões, mas quando chega o fim desemana estão lá, mesmo cansados, tocando o seu forró nas festas e sem serem bem remunerados. É graças a esses homens e mulheres que essa cultura continue existindo, pois têm pessoas dispostas a mantê-la viva”.

Nina Gonzaga, sobrinha do Rei do Baião, lembrou da importância do seu tio para disseminar o forró pelo mundo. Ela destacou que Luiz Gonzaga foi um verdadeiro estadista, pois ele cuidava do povo. “Ele usou a profissão dele para cuidar do povo. O meu tio morreu pobre, mas a maior a herança que ele deixou foi o legado, que é a sua música. Tudo que ele tinha ele dava para o povo”, disse.

Durante o evento, várias manifestações e pedidos de apoio ao forró.

O vice-presidente da Federação das Quadrilhas Juninas do DF e Entorno, Amilton Teixeira, destacou a necessidade de ensinar a importância do forró e das festas juninas dentro das escolas.  “Penso que tem que haver um projeto para adentrar as escolas públicas para ensinar o que é as quadrilhas juninas e o forró. E o que os trios de forrozeiros que estão aqui, não podem deixar que o forró morra com eles. Esse conhecimento tem que ser repassado para os mais jovens”, destacou.

Por sua vez, o diretor da Casa do Cantador do DF, o Francisco de Assis, o Chico Chagas, elogiou a atitude do deputado Chico por ter homenageado a cultura nordestina. Ele destacou que o Dia do Forró, a homenagem ao Luiz Gonzaga só foi possível graças a sensibilidade do ex-presidente Lula, que também é nordestino. Ele também destacou a importância do Rei do Baião para o Brasil.

Segundo ele, nos últimos quatro anos fez com que a casa tivesse ações em prol da arte da cultura nordestina, que não teve nos 20 anos que antecederam. “Com a força do povo , está mais do que na hora de que um deputado criar o centro de tradições da cultura  nordestinas”. Além do espaço para expor a arte e cultura do nordeste brasileira, seria um espaço para preservar o tradicional forró.

A idealizadora do Maior São João do Cerrado, Edilane Oliveira, também destacou a atitude de Chico Vigilante, e falou da importância de se preservar a cultura nordestina.

O presidente da Associação dos Forrozeiros do Distrito Federal, Marques Célio Rodrigues de Almeida, falou do desafio de manter o forró e a memória do Luiz Gonzaga viva.

 

Chico Vigilante prometeu que, no ano que vem, irá propor uma audiência pública para discutir o tema e a criação do centro de tradições nordestinas.

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