As redes sociais, sem qualquer controle, estão invadindo a rotina das nossas crianças e destruindo vidas. Nesta semana, mais uma tragédia: Sarah Raíssa Pereira de Castro, de apenas 8 anos, aluna da Escola Classe 06 de Ceilândia, perdeu a vida após participar de um desafio viral absurdo. Ela é a 56ª vítima desse mesmo tipo de “brincadeira” mortal.
Durante a manhã desta quinta-feira (17), estive na Escola Classe 06 para participar da homenagem prestada por professores, alunos e familiares. Uma caminhada em silêncio foi realizada ao redor da escola, com balões brancos e faixas carregadas de alerta: “na internet nunca sabemos quem está atrás das telas” e “cuidado com as redes sociais, perigo constante”. Foi um ato forte, marcado por dor, indignação e também pela presença de veículos da imprensa local e nacional, que deram repercussão a essa tragédia que poderia ter sido evitada.
Em conversa com a diretora da escola, Maria de Fátima Alves Bezerra, soube que outros pais, ao checarem os aparelhos dos filhos, encontraram registros de novos desafios perigosos que estão circulando por aí. Isso só confirma: a tragédia de Sarah não é um caso isolado — é parte de um problema estrutural e urgente.
Já destinei recursos para a Escola Classe 06, com melhorias como a guarita, o parquinho, a cantina e o estacionamento. Porque acredito que a escola deve ser um espaço de vida, acolhimento e proteção. Não podemos aceitar que nossos alunos estejam expostos a armadilhas virtuais que tiram suas vidas enquanto gigantes da tecnologia seguem impunes.
É urgente regulamentar os espaços digitais. As plataformas não podem continuar livres para disseminar conteúdos perigosos entre menores de idade sem qualquer responsabilidade legal.
Sarah não pode ser apenas mais um nome. Sua partida precisa nos mobilizar como sociedade. Por ela, e por tantas outras crianças que ainda podem ser salvas, vamos seguir lutando por uma internet segura, por educação de verdade e por políticas públicas que priorizem a vida.
