Não houve acordo para a análise do veto ao projeto de lei de autoria do deputado Chico Vigilante (PT) que estabelece mecanismos de participação popular na escolha dos administradores regionais e a decisão foi novamente adiada.
O item estava na pauta de votações para hoje havendo, inclusive, acordo entre os líderes para a derrubada do veto na sessão de hoje. No entanto, devido a uma manobra do Governo, que tentou empurrar um projeto na frente, o acordo não foi cumprido e não houve votação alguma na CLDF.
Chico Vigilante criticou mais esse adiamento da votação. Para ele, o governo não deseja levar adiante a promessa de campanha de instituir eleições diretas para administradores e, agora, apela para o jogo sujo de ameaçar os deputados da base para que o veto não seja derrubado e o PL 461 se torne lei.
“Não dá para o governador fazer daqui gato e sapato. Aqui não é puxadinho do Palácio do Buriti. Mandou um projeto ruim, mal escrito e copilado do meu”, disparou.
O projeto de lei de Chico Vigilante foi aprovado pela Câmara em dezembro passado. No início de fevereiro, o governador vetou o texto e, quinze dias atrás, enviou para a CLDF uma proposta alternativa à do deputado.
De acordo com o deputado, enquanto a CLDF não analisar o veto do governador ao PL, o projeto do GDF não pode tramitar. É o que o regimento interno da Casa estabelece como prejudicialidade, pois, não podem existir duas proposições versando sobre o mesmo tema em tramitação simultânea na Câmara.
Na sessão de hoje, Chico Vigilante voltou a tecer críticas ao projeto enviado pelo GDF, “uma cópia malfeita”, em suas palavras, ao projeto apresentado por ele em 2016.
O texto é basicamente o mesmo, só diferem em dois aspectos. No projeto original, de Chico Vigilante, a eleição deve ocorrer no prazo máximo de até três meses após a posse do governador. Já o texto enviado pelo GDF e copiado do petista, as eleições serão simultâneas com as majoritárias e somente no ano de 2022. A outra diferença é que a proposta de Chico Vigilante não obriga aos candidatos a filiação partidária para concorrer aos cargos, caso em que, no plágio de Rollemberg, há essa obrigação.
“O Governador Rollemberg vetou o meu projeto e o copiou. Ele enviou um projeto mal copiado para a Câmara Legislativa”, disparou.
Memória – Promessa de campanha do então candidato Rodrigo Rollemberg, o projeto para eleições de administradores regionais demorou mais de três anos para ser encaminhado para a Câmara Legislativa.
A lembrança do governador somente veio após a aprovação do projeto de lei de autoria de Chico Vigilante.