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Chico Vigilante reforça compromisso com a saúde mental em homenagem ao Dia do Psicanalista

Chico Vigilante reforça compromisso com a saúde mental durante homenagem ao Dia do Psicanalista


Em sessão solene dedicada ao Dia do Psicanalista, parlamentar defende políticas públicas voltadas ao cuidado emocional e propõe audiência pública para ampliar o debate sobre saúde mental no Distrito Federal.

Na manhã desta terça-feira (14), a Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou uma Sessão Solene em homenagem a psicanalistas, psicólogos e demais profissionais da saúde mental que se dedicam a cuidar das dores invisíveis da população. A iniciativa, proposta pelos deputados distritais Chico Vigilante, Ricardo Vale e Gabriel Magno, celebrou o Dia do Psicanalista — oficialmente comemorado em 6 de maio — como um gesto de reconhecimento, mas também como um ato de resistência.

Para o deputado Chico Vigilante (PT), prestar tributo a esses profissionais é também reafirmar compromissos com o cuidado, a dignidade e a escuta ativa. “Esta sessão solene é, acima de tudo, uma convocação coletiva à consciência. Um convite à escuta, ao acolhimento, à reflexão profunda sobre o ser humano e sobre os rumos que escolhemos como sociedade. Vivemos tempos em que a ansiedade, a depressão, os conflitos internos e os traumas se intensificam. A precarização das relações de trabalho, o desemprego, a insegurança alimentar — tudo isso adoece. E o povo pobre e trabalhador — tantas vezes excluído do acesso ao cuidado — sofre em silêncio”, afirmou.

O parlamentar destacou ainda que a saúde mental deve ocupar lugar central nas políticas públicas. “Defendemos uma saúde pública integral. Lutamos para que a atenção psicossocial, a clínica ampliada e o atendimento humanizado sejam realidade no Sistema Único de Saúde. A psicanálise não pode — e não deve — ser um privilégio. Precisa ser acessível a todos”, enfatizou.
Durante a cerimônia, foram entregues moções de louvor a profissionais que atuam com técnica, empatia e compromisso social. A mesa foi composta por representantes de instituições fundamentais na luta pela saúde emocional coletiva, como a Escola de Psicanálise do DF, a Defensoria Pública, o Conselho Regional de Psicologia e o Partido dos Trabalhadores, representado também por sua vice-presidenta no DF, Rosilene Corrêa.

A sessão também foi espaço de reflexões sobre a democratização da escuta, o enfrentamento da invisibilidade de populações vulnerabilizadas e a importância de políticas públicas que priorizem a saúde mental como instrumento de justiça social.
A psicóloga da Defensoria Pública, Roberta D’Ávila, ressaltou a parceria com a psicanálise por meio da clínica social, que chega até os mais vulneráveis, em escolas e outras instituições. Já o coordenador pedagógico da Escola de Psicanálise do DF, Otávio Calile, lembrou que “a psicanálise é uma prática democrática e profundamente articulada com a vida em sociedade. A Casa Legislativa é o espaço ideal para discutir os laços sociais que ela propõe”.

O diretor da Escola de Psicanálise, Flávio Calile, reforçou que, por meio de parcerias com órgãos públicos como a Defensoria Pública e a Secretaria de Educação, tem sido possível “levar a escuta qualificada a lugares antes desassistidos, oferecendo atendimentos gratuitos à população”.

A presidenta do Conselho Regional de Psicologia do DF, Thessa Guimarães, afirmou: “É uma honra fazer parte do esforço de democratizar a escuta psicanalítica no Distrito Federal, enfrentando as tentativas de silenciar e deslegitimar os esforços de levar a experiência e a formação psicanalítica às periferias. São justamente aqueles e aquelas que, por sua vivência, se mostram muito mais aptos a acolher as dores humanas do que quem permanece protegido pelos privilégios de raça, classe e gênero.”

A pedagoga e psicanalista Neide Silva também fez um depoimento comovente e político. “Quando eu dava aula na escola pública, discutíamos muito a invisibilidade do parlamentar negro. Usávamos o exemplo do deputado Chico Vigilante para mostrar que ele representa a voz do povo.”

Com a coerência de quem está à frente de diversas lutas por dignidade, Chico Vigilante propôs a realização de uma audiência pública sobre saúde mental no DF, com o objetivo de aprofundar o debate e garantir mais escuta, cuidado e políticas públicas para o setor. A sessão desta terça-feira foi um manifesto político e afetivo por uma sociedade que escute, acolha e respeite.

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