A luta pelo piso nacional de R$ 3 mil e a aposentadoria especial dos vigilantes esteve na pauta de discussões do primeiro dia da 12° Conferência Nacional dos Vigilantes, que esta reunindo, em Brasília, cerca de 200 trabalhadores de 22 estados brasileiros. O evento que está sendo realizado nos dias 20 e 21, pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), tem como objetivo avaliar as negociações realizadas durante todo o ano de 2014, fazer uma análise do cenário socioeconômico e da política nacional e internacional e definir as estratégias de negociações para o próximo ano.
Como um dos palestrantes do evento, o deputado Chico Vigilante destacou a necessidade da união da categoria na luta pela a implantação do piso nacional dos vigilantes de R$ 3 mil. Para Chico, o resultado das eleições deste ano mostram que os trabalhadores estão perdendo a sua representatividade no Congresso Nacional. “Para o ano que vem, apesar da crise que avista, é necessário a união da categoria e a politização das ações dos vigilantes”, destacou.
Os representantes da CUT DF e Nacional, Rodrigo Brito e Jacy Afonso, sucessivamente, também destacaram a necessidade da unidade e da consolidação das federações, sindicatos e Confederação dos Vigilantes para que a categoria não retroceda em seus avanços .
Já o economista do Dieese, Tiago Oliveira, apresentou um estudo com a atual conjuntura política e econômica nacional dos trabalhadores, em especial dos trabalhadores da vigilância privada. O gráfico mostra o aumento que os vigilantes tiveram acima da inflação nos últimos 10 anos. Segundo Tiago, o cenário econômico para 2015 mostra pouco desfavorável, mas apesar disso é preciso que o processo de luta e organização para a valorização dos salários da categoria continue. “Para isso, é necessário que haja planejamento, mobilização e auxilio e embasamento da equipe técnica dos sindicatos e da Confederação para possam avançar nas conquistas”.
Por sua vez, os advogados trabalhistas que compoêm o corpo jurídico fizeram intervenção sobre os direitos trabalhistas dos vigilantes e tiraram dúvidas sobre o direito a aposentadoria especial. Ao final da explanação dos advogados, Chico Vigilante sugeriu ao grupo que elaborassem um documento explicando, passo a passo, como o trabalhador deve agir na hora de requerer a aposentadoria especial do INSS.
O presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes também destacou a necessidade de mobilização e da união da categoria para a implantação do piso. “Queremos reafiamos o compromisso de continuar avançando. Se fomos capazes de conquistar o colete a prova de balas, a lei da periculosidade, a jornada de trabalho menor, também somos capazes de conquistar um piso salarial melhor, o que é de três mil reais. Acima de tudo, estamos saindo daqui com o compromisso de, em 2015, arrancar ganhos salariais reais, pois o patronato tem condições de pagar estes ganhos reais para o trabalhador”,
Ao final do primeiro dia de trabalho, os presentes elaboraram uma carta compromisso com as negociações salariais para o ano de 2015.