Em audiência realizada nesta terça-feira (29), no Banco Central do Brasil, os deputados distritais Chico Vigilante (PT/DF) e Gabriel Magno (PT/DF), juntamente com a deputada federal Érika Kokay (PT/DF), reforçaram seus posicionamentos contrários à possível aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). A reunião foi conduzida pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, diante das crescentes denúncias e dos riscos que cercam a operação.
Durante o encontro, o parlamentar Chico Vigilante alertou para as graves consequências que a negociação pode gerar ao Distrito Federal. “O BRB é uma instituição pública, essencial para o desenvolvimento da nossa gente. Não aceitaremos que seja transformado em moeda de troca, alvo de negócios obscuros ou instrumento de favorecimento político. Se depender de nós, essa compra não sairá do papel sem o devido debate público”, afirmou.
Gabriel Galípolo informou que a operação segue em análise e pode levar até um ano para ser concluída. Garantiu, ainda, que nenhuma decisão será tomada sem embasamento técnico, e que a prioridade é proteger a estabilidade do sistema financeiro nacional.
Para Chico Vigilante, a tentativa de compra do Banco Master, somada à atual instabilidade na direção do BRB, revela um cenário preocupante. “O presidente do BRB está judicialmente impedido de tomar decisões. Como confiar na condução de uma operação dessa magnitude com tamanha insegurança institucional? Isso é inadmissível e reforça a necessidade de total vigilância da sociedade e dos órgãos de controle”, criticou.
Os parlamentares também destacaram o impacto financeiro que a operação pode gerar: caso o BRB enfrente prejuízos e precise ser capitalizado, os recursos sairão dos cofres públicos — comprometendo serviços essenciais e onerando ainda mais o contribuinte brasiliense. “O BRB é do povo. E não vamos permitir que seja entregue à iniciativa privada sem transparência, responsabilidade e debate democrático. Vamos acompanhar de perto cada passo dessa tentativa de negociação e impedir qualquer retrocesso”, concluiu Vigilante.
Assessoria de Comunicação
Deputado Distrital Chico Vigilante
