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Categoria se mantém irredutível: vigilante horista, não!

Apesar da pressão dos patrões, os vigilantes não cedem. A assembleia da categoria realizada na tarde desta quinta-feira (06) terminou sem acordo.

Mais uma vez, por falta de entendimento entre as partes, o procurador do Trabalho, responsável pelas negociações, pediu para que a reunião fosse suspensa até a próxima segunda-feira (10).

A categoria está mobilizada em assembleia permanente desde o dia 26 de janeiro. As negociações estão sendo marcadas por uma intensa queda de braço entre o Sindicado dos Vigilantes (Sindesv) e o Sindicato patronal.

Os trabalhadores esperam que as empresas de vigilância privada recuem da proposta de implantação do vigilante horista no Distrito Federal.

Para o deputado Chico Vigilante (PT), os empresários insistem na ideia desta modalidade de trabalho porque estão querendo lucrar em cima dos vigilantes. Ele teme que o horista vá gerar desemprego e precarizar ainda mais a categoria. “Esses vigilantes recebem 600 reais por mês, com férias de 14 dias anuais, sem direito a décimo-terceiro salário e nem hora extra. É um retrocesso completo”, explica Chico Vigilante.

O diretor da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e ex-presidente do Sindicato, Jervalino Bispo, explicou que um grupo de empresas querem retirar a cláusula que proíbe a contratação do horista. “Sempre fomos vitoriosos e não é desta vez que sairemos derrotados de um processo de negociação. Não aceitaremos o vigilante horista”, disse Jervalino.

Os trabalhadores e patrões já chegaram a um entendimento para os demais pontos da convenção coletiva da categoria. Entre eles, está o reajuste de 6,58% em cima do salário e do ticket de refeição e a manutenção de todas as cláusulas da convenção coletiva de 2016. O plano de saúde dos trabalhadores também será mantido.

Os vigilantes continuam mobilizados e, a partir da segunda-feira, poderão parar atividades complemente, a qualquer momento.

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