Ao participar, durante o evento realizado este sábado (18) na Feirinha da CLN 216, localizada na ponta da Asa Norte, de homenagem ao indigenista Bruno Pereira e ao jornalista Tom Phillips – cruelmente assassinados no Vale do Javari – o deputado distrital Chico Vigilante (PT) questão de, além de se solidarizar com as famílias e o Brasil por Bruno e Dom, homenagear os companheiros trabalhadores e trabalhadoras que também foram assassinados nos últimos 30 anos. “Muitos deles porque estavam lutando por direitos e garantias para suas categorias. E boa parte deles mortos em crimes que até hoje não foram esclarecidos ou não levaram a punição”, afirmou.
Chico Vigilante citou dois casos específicos que, conforme contou, o marcaram muito, dentre vários outros: O assassinato do líder sindicalista rural Nativo da Natividade, em Goiás, e do pai da nossa companheira Cidinha, trabalhador rural de Unaí (MG). “Uma discussão que precisamos fazer,daqui por diante, é compreender melhor o que acontece no interior desse Brasil. As pessoas que estão na Amazônia trabalhando para mineradores e grileiros, entre outros, são filhos de trabalhadores rurais, de quebradoras de coco como muitos de nós. São vítimas de um sistema de trabalho que os embruteceu. Muitos moram na floresta como se fossem animais e têm uma vida de explorações. Precisamos discutir isso e buscar políticas públicas que ajudem a resolver a situação dessas pessoas. A gente não muda a realidade se não alterar essa estrutura vigente no país”, frisou o parlamentar.
O evento contou com a participação de vários moradores, ambientalistas, líderes comunitários, religiosos, profissionais liberais, servidores públicos e políticos. Eles relataram que, durante anos, Bruno e sua esposa residiram na SQN 216 e mantiveram excelente integração com a comunidade. Pediram maiores providências por parte do poder público para que casos como este não voltem a se repetir.
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